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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Fundamentos de Magia Divina – Entrevista Rubens Saraceni


Entrevista Rubens Saraceni



Fundamentos de Magia Divina – Bases de Princípios
Concedida a Carolina Capelli e Eduardo Belezini, alunos da Universidade Federal de São Carlos, para elaboração de um trabalho acadêmico de campo, onde escolheram o tema MAGIA DIVINA. Este trabalho já foi entregue aos professores da UFSC. Esta entrevista foi nos concedida dia 27 de outubro de 2010, em presença de Eduardo, Carolina, Miriam.
O QUE É A MAGIA DIVINA?
Rubens: O ensino da Magia Divina começou a partir de uma determinação de um espírito mensageiro chamado Mestre Seiman, que determinou que eu começasse a ensinar magia às pessoas. Então, em 3 de maio de 1999 começou o primeiro grupo de estudo da Magia Divina, e a partir dali não parou mais. E foi crescendo, alcançando cada vez mais e mais pessoas e que hoje se contam aos milhares de pessoas que já estudaram a Magia Divina, já se iniciaram em algum dos seus graus e estão ajudando outras pessoas nos seus problemas, dificuldades de cunho espiritual e mesmo através do espírito delas, auxiliar na cura até de doenças físicas. Porque aprendemos nesses anos todos que se o espírito da pessoa está fragilizado ou fraco, energeticamente falando, só fazendo uma limpeza, uma purificação do espírito dela, aí, a partir disso, ela reage melhor aos tratamentos recomendados pelos médicos. È isto que tem gerado um benefício muito grande para as pessoas e tem feito àqueles que vieram estudar a magia divina e apreender como trabalhar com ela, se sentirem servos de Deus aqui na Terra, ajudando o próximo.
Rubens: próxima pergunta! (risos, e continua…) – Tá, a Magia Divina se divide em graus. Cada grau é um trabalho em si de Magia, recorrendo a um poder divino específico que responde por invocação do iniciado, que direciona a ação deste poder para as pessoas que o mago deseja auxiliar. A partir daí, aquela pessoa recebe toda uma irradiação divina, que irá auxiliá-la segundo o seu merecimento e segundo as suas necessidades. Mas sem ultrapassar os limites das leis divinas, porque nós sabemos que há pessoas que têm que passar por uma determinada fase de provação, para que elas mudem seus estados de consciência, os seus sentimentos e, a partir desta mudança, aí elas consigam receber o que Deus sempre esteve reservando pra elas.
Miriam: Porque ela (a Magia Divina) estava faltando? Porque só agora (1999) veio esta determinação de se implantar a magia no plano material?
Rubens: A implantação da magia acontece por duas razões. Uma: a Magia Divina não está ligada a um grupo religioso ou outro, mas sim está aberta a todos. Então ela atende a esse desígnio da espiritualidade superior que determinou isso. A outra, é que precisava de alguém que trouxesse os mistérios da magia em si e pudesse passá-los aqui na terra para outras pessoas e que, no caso, era eu, que já trazia os mistérios em mim e poderia multiplica-los. Então estamos multiplicando e criando novos multiplicadores que, a partir do momento que receberam a imantação inicial, eles também se iniciaram e hoje podem ensinar e iniciar outras pessoas.
Até porque a magia não acontece como na religiosidade. A magia tem que ter uma transmissão. Como eu trazia a imantação inicial dos graus da magia divina desde o meu nascimento, a partir do momento de cada iniciação, eu passo a imantação para as pessoas que se iniciaram e/ou ainda se iniciam comigo. A partir daí elas têm e podem passar para outros, que ao receberem delas, passarão para outros e assim se perpetua no tempo. Então, porque não foi antes? Porque não tinha um espírito encarnado que trouxesse esse mistério, que é a imantação iniciadora.
Carolina: É como se fosse uma semente?
Rubens: Sim, você pode comparar essa imantação com uma semente, que vai se multiplicando. Porque é um magnetismo específico que eu já trouxe ele comigo. Então as imantações acontecem, as iniciações acontecem a partir da recepção de uma imantação divina, e depois esta imantação divina, como se fosse uma célula, se replica neles, e é como uma célula deles que se multiplicará nos outros que eles iniciarem. Mas é um magnetismo específico que facilita, ou permite, a palavra certa é essa, que permite aquele que quer iniciar-se, iniciar-se de fato. Este é o fundamento da iniciação, mesmo na magia divina. Ela tem que ter um iniciador, alguém que deu início a ela. Mas para dar esse início alguém tem que trazer essa semente, ou esse magnetismo.
Eduardo: Totalmente fora de outras religiões? Uma coisa totalmente nova.
Rubens: Totalmente nova!
Eduardo: Mas tem preceitos?
Rubens: Não, nada, nada.(continua)… Ela não exige preceitos, não exige a mudança da religião da pessoa. Ela exige sim, a crença em Deus, essa é imprescindível, porque se ela não acreditar em Deus não vai acreditar em nada disso tudo. Porque na origem de tudo está Deus, então de plano em plano a coisa chega aqui na matéria, assim como essa magia divina chegou através de mim, outras coisas boas que estão servindo às pessoas chegaram por outros mensageiros, que também traziam as chaves iniciadoras, ativadoras dos seus mistérios aqui no plano material. Então, hoje a magia divina já não corre mais o perigo de morrer, porque muitos já estão com esta semente, e eles poderão multiplica-la.
Carolina: E essa era a missão?
Rubens: Essa era a missão.
Carolina: Perpetuar a Magia Divina?
Rubens: Perpetuar. A primeira fase era formar uma Egrégora com 7.777 Magos do Fogo.
Eduardo: Por que esse número?
Rubens: Porque é o número cabalístico que envolve os 7.777 Mistérios de Deus abertos aqui no Planeta Terra.
Eduardo: E esse número já era conhecido, ou não?
Rubens: Não, não, não. Ele veio junto com o mistério. E agora, a segunda etapa é fechar os vinte e um graus, que estamos começando a fechá-los agora. A terceira etapa é abrir os vinte e um graus, pra que todos que se iniciaram possam, daqui para frente, começar a transmitir essa imantação para quem for até eles.
Carolina: Essa é a realização completa da missão?
Rubens: A missão completa envolve os três estágios. O primeiro era formar os 7.777 Magos do Fogo. O segundo estágio, iniciar pessoas nos 21 graus. O terceiro estágio é concluir a abertura desses vinte e um graus que a perpetuarão aqui na Terra. Aí, ela se tornará uma coisa que terá vida própria. Porque aqueles que receberam a imantação comigo, vão passar para outros, que passarão para outros, porque tem que ter uma semente original e essa semente original veio comigo.
Carolina: E desse jeito, dá uma emancipação, uma liberdade pra aquele que quer conhecer? Não precisa de um mestre que se coloque à disposição para eles?
Rubens: Não, todo aquele que não quiser trabalhar com esse mistério e só quer conhecer a magia, basta ler os livros. Mas, para trabalhar com o mistério tem que receber a iniciação, senão ele não recebe a imantação.
Carolina: E não sabe ativar?
Rubens: Não, saber ativar, pode até saber. Mas para poder ativar, a chave ativadora é a imantação que vai sendo transmitida de um para o outro. Porque o mistério existe e ele está neutro. Ele existe, sempre existiu, sempre existirá. Mas a pessoa tem que ter a chave ativadora dele magisticamente. A partir do momento que ela tem a chave ativadora magistica ela desencadeia as ações mágicas beneficiadoras. Se ela não tiver a chave ela não desencadeia a ação.
Carolina: Então, pensando assim, não tem perigo de escrever livros, de a informação não ser velada, não tem perigo?
Rubens: Não! Tem sim. A iniciação visa revelar coisas que não podem ser colocadas no papel. Ela tem essa função, uma parte do conteúdo de cada grau da magia pode ser revelada. Mas o que é do iniciador, do mago iniciado é só para ele. Porque isso não é um conhecimento totalmente aberto, porque lida com mistérios divinos que não podem ser profanados, ou desvirtuados, porque senão eles perdem as suas sustentações e viram simpatia aqui na Terra, e deixa de ser magia. 
Simpatia sim, simpatia funciona pra uns, mas não funciona para outros. Mas a magia tem que funcionar para todos, no que se propõe. É lógico que encontrará sempre o merecimento na pessoa a ser ajudada e a lei maior atuando na vida delas. É o que, vamos dizer, limita a ação do mago. 
Porque senão o mago poderia fazer tudo, e ele não pode fazer tudo, ele está submetido a essa lei divina!
Ele obedecesse a ela e o seu trabalho se estende até quando ele chega na ação da Lei. Quando chegou na ação da lei, ali o trabalho dele cessa. A própria lei que o rege impede que seja feito algo enquanto a pessoa não passar por uma transformação intima.
Carolina: Então, neste sentido, não tem problema qualquer um ler um livro de Magia Divina?
Rubens: Não tem. Ler o livro, ela pode ler. Alguns livros têm algumas “magias abertas”, mas só para benefício pessoal de quem as ler, não para trabalhar com elas para terceiros. Ela pode ativar as magias para seu benefício pessoal. Que é para conhecer parte dos benefícios da Magia Divina.
E isso já foi codificado no plano astral que elas estão abertas para as pessoas conhecerem parte do poder da magia divina, mas não para trabalhar e interferir na vida de outras pessoas de forma magistica. Para uso próprio, sim!
Eduardo: Para poder interferir, precisa …
Rubens: Precisa ter se iniciado e ter recebido a imantação que é a chave do poder magico do mistério.
Carolina: Como se fosse uma outorga?
Rubens: É uma outorga de trabalho, essa é a palavra certa.
Miriam: É a chave.
Rubens para Miriam: Se você quiser, até pode colocar esse texto no site do Colégio de Magia, colocar lá para informação das pessoas, certo?
Miriam: Hu hum …
Rubens: Porque muita gente precisa saber o que é magia, não é só apreender a fazer magia. Ela é um sistema de transmissão de chaves ativadoras dos poderes divinos. É uma transmissão de mistério, através do espírito humano, de um espírito para o outro. Um espírito transmite para o outro, e esse um que tem, ele transmite para outro, e isso é o que tem perpetuado os sistemas de magia na face da Terra. 
O que houve é que grandes iniciadores do passado, que criaram suas escolas, criaram-nas porque traziam esse magnetismo, essa chave iniciatória. A partir do momento em que tinham essa chave iniciatória, eles iniciaram, e aqueles iniciados por eles iniciaram outros, e isso se perpetuou no decorrer dos séculos, mas foi sempre mantido como escolas fechadas. Não eram escolas abertas ao público em geral.
As escolas abertas começaram conosco.

Rubens Saraceni
Miriam: Essa é a diferença da Magia Divina com as Magias Antigas?
Rubens: É, até porque as Magias Antigas eram atreladas a religiões, a maioria delas estava atrelada a alguma prática religiosa, como acontece na Umbanda.
Ela tem uma magia religiosa. Todo mundo sabe como fazer uma oferenda a um orixá, mas só vai fazer se é indicado por um guia, que é um amparo da espiritualidade. Porque se não tiver um amparo da espiritualidade não funciona. 
Porque a chave ativadora está com a espiritualidade, não está com os médiuns. Uma pessoa que não é umbandista, ela pode até se servir religiosamente do poder dos orixás, mas só religiosamente. Pode acender uma vela, fazer um clamor, que de alguma forma ela será ajudada.
Agora se ela quer cortar um problema e quer ir à natureza fazer um trabalho para cortar, tem que ter um médium que esteja por trás. Porque, por trás do médium, está o guia que traz a imantação ativadora.
Carolina: O médium vai na causa?
Rubens: Não, ele prepara a ação e o espírito por trás do médium, que chamamos de Guia, ou o Mentor, ele é que é o desencadeador, não é o médium.
Carolina: Ele é o meio?
Rubens: Ele é o meio, ele não é a origem e não é o fim, ele é o meio. Ele é o que prepara para que aí o poder divino seja ativado pelo Guia Espiritual. Essa é a verdade sobre os médiuns de umbanda: são eles que preparam tudo, eles fazem todo o lado material, e ali eles oferecem à divindade, e o ativador é o Guia Espiritual da pessoa que preparou a oferenda magica.
Miriam: Que é diferente do mago?
Rubens: Diferente do mago, porque o mago, ele constrói o espaço mágico, ele desencadeia a ação, ele ativa esse espaço mágico e ele direciona toda a ação pra quem ele quer.
Carolina: Tem uma responsabilidade enorme?
Rubens: Não, não é uma responsabilidade enorme, é um trabalho fundamentado nele, mago.
Carolina: Mas, ele que tem que saber como fazer?
Rubens: Sim, mas isso eles aprendem no curso, no curso eles apreendem como direcionar, como dar as determinações mágicas, desencadear o trabalho, direcionar o trabalho pra quem deve ser ajudado, quem ele acha que deva ser ajudado. Porque ali a ordem mágica dele tem a força e o poder de realização. Tem a imantação dele!
Uma vez que tem a imantação dele, que ele recebeu durante as suas iniciações, então ali, naquele momento, o que ele determinar mentalmente ou oralmente, desencadeara a ação do poder. Porque o poder é neutro, ele só é ativado pelo mago.
Carolina: Mas, é orientado pelo Mago? É o mago que fala e que decide?
Rubens: O mago é quem constrói o espaço mágico, é quem o ativa e é quem direciona a ação divina através dele, que foi construído no lado material. Isso na magia elementar, na parte da magia mental a construção acontece tudo a nível espiritual, tudo isso acontece a nível espiritual!
Eduardo: Qualquer um pode então aprender a ser um mago?
Rubens: Qualquer um pode iniciar-se desde que tenha fé em Deus e queria, aqui na terra, tornar-se iniciado no mistério e aplicador deste mistério na vida de seus semelhantes, para ajuda-los.
Carolina: Então para você aprender você também tem que ter a responsabilidade de poder passar? Não pode parar de crescer?
Rubens: Não, não tem. A pessoa pode aprender a usar, seja para benefício próprio ou dos seus familiares, ou até ajudar as outras pessoas, porque está nela o mistério. Uma vez que ela recebeu a imantação, está nela, aí ela direciona para quem ela quer.
E, se tem alguns que gostam de ensinar, eles vão passar isso para frente. E tem outros que só querem para uso pessoal.
Eles não querem para sair ensinando, eles querem para quando precisarem, terem algo que está neles. Eles desencadeiam o poder e esse poder entra em ação, beneficiando-se.
Miriam: Agora eu estava explicando, por exemplo, que nas iniciações existe uma leva de espíritos que também recebem esta imantação.
Rubens: Sim, cada vez que fazemos uma iniciação, assim que começamos uma magia, vêm milhares de espíritos que já estavam aguardando para eles poderem receber também a imantação. Aí você pergunta: porque é que outros espíritos altamente evoluídos não podiam passar pra eles? Porque a chave iniciadora esta comigo. Eu já trago ela em mim desde a minha origem. Desde a minha origem em Deus eu trago essa chave, que eu não consigo anular e eu não consigo dá-la para alguém. Porque ela não é algo que eu posso tirar de mim, ela está em mim como uma semente divina.
Carolina: E foi o Mestre Seiman que …
Rubens: Ele também traz uma “semente”, uma chave destas.  Só que, para abrir a Magia Divina no plano material, ele precisava de um lado espiritual e um lado material. Precisava criar o lado material primeiro, a egrégora dos 7.777, depois fechar os vinte e um graus, formando pessoas em cada um dos vinte e um graus que está concluindo agora, nesta segunda parte. Então tanto é uma missão minha quanto dele.
Enquanto eu arregimento as pessoas ele trás os espíritos para se iniciarem. Então, com a chave dele e a minha, as duas fecham uma polaridade. Tanto os encarnados quanto os desencarnados recebem as duas chaves de uma vez só. 
Mestre espiritual e mestre encarnado são os dois lados do mistério da magia divina!
Aí todos eles vão passar a magia adiante. Mas eles não recebem, nenhum mago iniciado por mim recebe esta minha “semente” iniciadora. O que eles recebem é a chave transmissora e a ativadora dos mistérios nos quais já se iniciaram. 
E eles só recebem as chaves transmissoras de imantação divina e ativadoras de mistérios. Porque o mistério que trago em mim, esse mistério que eu já falei, ele tem sete chaves. Uma é a ativadora, a outra é a iniciadora ou transmissora, mas há outras cinco chaves não reveladas, que talvez até eu desconheça quais são, para não revelar coisas que não podem ser reveladas no plano material. 
Sete chaves ativadoras dos mistérios. A chave imantadora se ativa quando eu estou passando as imantações das iniciações.
Essa chave imantadora é que criou a transmissão e a chave ativadora dos mistérios também vai junto, que é pra ativarem os espaços mágicos.
Então aquele que recebeu essas duas chaves pode iniciar outras pessoas.  E as pessoas que se iniciarem com eles poderão iniciar outras pessoas, e assim sucessivamente, porque as duas chaves lhes foram dadas, e ainda são dadas aqui, por mim. 
Agora, as outras cinco que eu trago em mim, e que uma delas abre os 7.777 mistérios, essa é a terceira chave, ela só girou parcialmente. Então eu só posso abrir e comentar sobre as magias que eu puder iniciar.
Se eu não puder iniciar uma magia eu não posso abri-la ou falar sobre ela. 
Se eu puder iniciar pessoas que depois iniciarão pessoas, eu posso abrir mais magias no futuro, porque eu trago em mim as chaves ativadoras delas aqui do lado material, assim como o Mestre Seiman traz essas mesmas sete chaves.
Vão falar que nós dois somos os dois lados de uma mesma coisa, ele no espiritual e eu no material. E isto é verdade!
Carolina: Os dois lados da fechadura?
Rubens: É, vamos dizer que são os dois lados de uma mesma moeda, é mais ou menos isso. Eu devo ser a cara e ele a coroa. Eu sou o rosto que se mostra e ele é a cabeça que conduz. Esse é o sentido de “coroa”. Esta bem?
Carolina: Esta ótimo!
Miriam: Tem mais alguma coisa?
Eduardo: Para dar o curso vocês cobram ou exigem algo? Como é que é?
Rubens: Primeiro, para dar o curso é necessário que a pessoa se inicie, pratique e confirme a validade dela. Depois, que ela se filie no Colégio de Tradição de Magia Divina, porque uma vez que é uma “Chave Iniciadora”, ela tem que estar ligada a esse Colégio de Magia Divina. Senão ela sai fora e é desligada da egrégora. Todos que não quiseram ensinar a magia divina através do Colégio de Magia, e criaram suas próprias escolas de magia, eles foram cortados e desligados da Egrégora da Magia Divina e desde então eles não fazem mais parte dela. 
Eles estão por conta própria. Daí em diante, é cada um por si. Só que do outro lado, eles vão cair e ficar no vazio. Porque eles não vão ter a raiz original para sustentar o trabalho deles.
Carolina: Eles não têm mais o fundamento original?
Rubens: Sim, eles não têm fundamento.
Carolina: Têm a prática…
Rubens: Têm a iniciação, têm a prática, têm a chave iniciadora, a chave ativadora, mas não têm o respaldo por trás, porque eles saem da Egrégora. É a Egrégora que não da sustentação para o trabalho de quem não esta ligada a ela.
Então, agente sabe de alguns que vieram adquirir conhecimento e depois criaram suas próprias escolas de magia. Mas a gente sabe também que essas escolas estão desconectadas de uma Egrégora Espiritual. Porque, quando a gente inicia aqui, quinhentas pessoas no plano material e iniciamos cinquenta mil no plano espiritual, os cinquenta mil no espiritual amparam o trabalho dos quinhentos aqui. 
Eles são os sustentadores do que fazemos no lado material. 
Já esses que se desligaram da Egrégora, e foram desligados dela uma vez que seguiram um rumo próprio, eles foram desligados disso tudo.  Aí eles estão por conta própria. 
Pode ser que o trabalho deles permaneça por algum tempo, perdure por vários ou muitos anos. Mas pode ser que depois desmorone tudo e desapareça, porque eles não têm os dois lados da coisa. Eles só têm o lado material! 
Tem alguns que começaram, mas vai desaparecendo pouco a pouco, e chega uma hora que aquilo, por falta desse lado espiritual para aquele que está ensinando, desmorona.  Aí a pessoa não suporta a carga espiritual, (a reação espiritual negativa), e aí o grupo se desfaz e todo mundo abandona tudo.
Miriam: É porque a sustentação é necessária, porque principalmente do lado de lá, tem muitos espíritos trevosos que não querem que ela vá pra frente.
Rubens: Sim, tem muitas forças negativas que atuam em sentido contrario e quem não tiver o amparo desta Egrégora Espiritual, as forças negativas que são formadas por espíritos trevosos, atuam sobre os magos encarnados e eles ficam expostos.
Então, eles vão aguentando, vão aguentando, até que chega uma hora que (nós tivemos alguns casos que vimos o que foi feito), eles param.  Por que isto aconteceu?  Porque tinham sido desligados da Egrégora, uma vez que não se mantiveram fiel à raiz da Magia Divina.
Carolina: Como é o procedimento de um Mago?
Rubens:- Não ficar falando sobre a causa do problema, tal como: você está sofrendo por causa disso, disso e disso! Não, isso aí não é dever do mago. Ele tem que ouvir o que a pessoa tem a dizer e depois pedir permissão ao seu mestre de magia para saber qual a magia que deve usar para ajudar aquela pessoa.
Carolina: E o mestre de magia não é o mesmo que o Guia Espiritual?
Rubens: Não, ele não é um guia do trabalho, ele é um espírito de alta elevação e quando o Mago vai trabalhar ele fica ao seu lado, dando sustentação, inspiração de como trabalhar.
Carolina: É outra linha?
Rubens: É outra linha. Eles são chamados de Mestres de Magia, não são chamados de Guias Espirituais. Eles não incorporam. Não são incorporantes, e se alguém falar que está incorporado com seu mestre de magia quando pratica a magia, então é um médium dando consulta.
Carolina: Ele está maluco?
Rubens: Tem que falar para ele: Você não está incorporando um mestre de magia, você está confundindo as coisas. Esta incorporando um guia espiritual, fazendo consulta, e ponto final!
Miriam: Sim, mas no colégio de magia os magos também não têm aquela ostentação, aquele paramento luxuoso, tem que ser bem simples, que é para poder…
Rubens: Não pode ter ostentação, que é para não criar uma aparência de superioridade, porque a espiritualidade quer que a Magia Divina prospere entre as pessoas como um recurso colocado ao alcance de todos, e não de uma minoria privilegiada. 
Porque as escolas do passado privilegiavam alguns em detrimento de muitos e isto elitizou uma prática aberta a todos.